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Folhas ao Vento

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O vento soprava as folhas caídas ao chão naquele fim de tarde de outono e a noite caia rápido enquanto eu andava em meio a casas muito antigas de uma rua estreita. A rua começava a ficar escura e as luzes no interior das casas iam acendendo-se conforme a noite caia. O som de conversas vindo do interior das casas soava distante e os meus passos no chão de pedra ecoavam na rua. Ao chegar ao fim daquela rua, virei ao lado e uma praça surgiu logo à frente. Enquanto caminhava em direção a ela, suas luzes acenderam-se. Árvores altas balançavam ao vento e no horizonte os últimos raios de Sol ainda coloriam o céu de vermelho. Percorri a praça e sentei-me no banco mais afastado. Olhei em direção aos outros bancos, algumas pessoas descansavam ali. Folhas ao Vento | Créditos: Pexels Um senhor de idade com um jornal na mão olhava distraído uma criança brincando, e um casal conversava no banco ao lado. Alguns jovens andavam juntos conversando alto e um casal de namorados caminhava de mãos dada

Refúgio do Tempo

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Os últimos raios do Sol passavam entre as montanhas distantes e o canto dos pássaros começava lentamente a silenciar, enquanto as primeiras estrelas pontilhavam o céu e a escuridão tomava conta daquela paisagem. O vento antes morno começou a esfriar e logo a escuridão era total. Mas ele permaneceu deitado e imóvel onde estava. Ali, sozinho e no escuro, os segundos tornavam-se minutos e os minutos acumulavam-se em horas. Distante… | Créditos: APOD A Lua cheia começou a brilhar no céu escuro e estrelado clareando um pouco as montanhas distantes e o topo das árvores mais altas, e nuvens muito brancas vagavam pela imensidão lançando sombras que vagueavam sobre as montanhas naquela paisagem noturna. Contemplar aquilo era uma fuga do próprio mundo. Distante do barulho, distante das luzes, distante das pessoas, distante da dor… Distante… Os pensamentos começaram a voar e se distanciaram daquele lugar. Voltaram a sua infância, foram ao seu passado, percorreram sorrisos e lágrimas, felicid

Fantasmas do Coração

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Nós mudamos. Desde que nascemos, não paramos de mudar. Por quantas fases nós já passamos? Quantas coisas deixamos para trás? E dessas, quantas deixaram em nós sua marca? Esse texto foi baseado em um sonho que tive há muito tempo, e fala sobre os fantasmas do meu coração. Todos nós temos fantasmas no coração. Quais são os seus? Dividi o texto em 5 partes. Se não quiser ou não puder ler todo de uma vez, basta memorizar em qual parou e depois voltar para a parte seguinte. E eu gostaria de dedicar esse texto a toda a minha família e amigos de infância, que tornaram esse texto possível e esse coração cheio de fantasmas ;) Espero que gostem. Boa leitura. I. “O Retorno” II. “A Gaiola Dourada” III. “Os Campos do Paraíso” IV. “O Voo Livre” V. “Os Fantasmas da Festa” Os Campos do Paraíso | Créditos: Gabryella Alves

Como estrelas no céu…

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Deitado no escuro, sob o céu estrelado, ele contemplava a imensidão do espaço. A brisa morna aquecia seu corpo, balançava os galhos das árvores. A única luz vinha do céu, das estrelas. No céu, a bilhões de quilômetros, as estrelas brilhavam, como almas. As suas vidas, eram o seu brilho, a sua cor. Perdido em pensamentos, ele observava aquela imensidão. Seus olhos fixaram em duas estrelas, azuis. Uma distante da outra; uma, mais pálida que a outra. Naquele momento, ele pensou: A que distância, neste momento, estamos? Aqui, nós brilhamos… | Créditos: APOD Um leve aperto percorreu seu peito. Tentou afastar aquele pensamento, já havia superado aquilo. No entanto, não adiantou. Sua memória trouxe aquelas velhas lembranças… Sua vida, a vida … Continuou a percorrer os olhos por aquela imensidão. Tentando esquecer aqueles pensamentos, observou com mais atenção. Após um tempo, felizmente, seu pensamento esqueceu aquelas lembranças. Sua mente já estava vazia, seu peito, no entanto,

O início…

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…aguardem!